O deputado
federal Zé Geraldo (PT-PA) pediu ao Ministério da Educação (MEC) que
afaste imediatamente o reitor José de Seixas Lourenço e toda a direção
da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), uma vez que, segundo
pronunciamento que fez hoje (18/5), no plenário da Câmara dos Deputados,
a equipe diretiva da universidade não tem mais condições morais,
pedagógicas, éticas e políticas para conduzi-la administrativamente.
Em seu pronunciamento,
baseado em documentos que lhe foram entregues, o deputado denunciou a
malversação de recursos públicos, o abuso de compras e contratações por
dispensas de licitações, compras superfaturadas de terrenos e de
equipamentos, além do assédio moral e falta de transparência na gestão
pública, entre outras irregularidades.
A Ufopa foi implantada
no Estado em 2009, pela Lei 12.085/2009, a partir da fusão de um polo da
Universidade Federal do Pará com a Federal Rural da Amazônia. Desde
então é dirigida por Seixas Lourenço, reitor pró-tempore, sem que tenha
sido encaminhado o processo para eleger o novo gestor pela comunidade
acadêmica.
O parlamentar denunciou
que somente na aquisição de apenas 13 equipamentos pela Pró-Reitoria de
Administração (Proad), a Ufopa pagou quase R$ 2 milhões acima dos preços
estabelecidos no mercado, o que indica, “sem dúvida alguma,
superfaturamento”, conforme levantamento feito no período de novembro de
2011 a maio de 2012 (veja tabela).
Somente o ultrassom
transdutor linear endorretal multifrequencial, conforme Zé Geraldo, teve
um hiperfaturamento de 2.161%. “No pregão 691, o valor cotado era de
apenas R$ 12 mil. O preço estimado foi R$ 15.880, 00 e foi adquirido por
R$ 359.000,00. A diferença em dinheiro é de R$ 343.119,00”, denunciou.
Ele citou ainda os preços abusivos do equipamento denominado medidor multiparâmetro, que teve um superfaturamento de 1.624%. “No pregão 475, o valor do instituto era de R$ 3.772.00. O preço estimado atingia R$ 4.640,00. O valor adquirido foi de R$ 80.000,00 e a diferença em dinheiro soma R$ 75.359,00, ou seja, 1.624% acima do preço do instituto. O magnetômetro de Próton atingiu o valor de 225% acima dos preços de mercado”, enfatizou o parlamentar.
Ele citou ainda os preços abusivos do equipamento denominado medidor multiparâmetro, que teve um superfaturamento de 1.624%. “No pregão 475, o valor do instituto era de R$ 3.772.00. O preço estimado atingia R$ 4.640,00. O valor adquirido foi de R$ 80.000,00 e a diferença em dinheiro soma R$ 75.359,00, ou seja, 1.624% acima do preço do instituto. O magnetômetro de Próton atingiu o valor de 225% acima dos preços de mercado”, enfatizou o parlamentar.
Zé Geraldo diz que no
início as reclamações que chegavam ao seu gabinete estavam relacionadas
aos desmandos, condutas antidemocráticas e autoritárias da reitoria.
“Nesses casos, eu adotei uma conduta de convencimento à comunidade
acadêmica insatisfeita. Para que professores e alunos debatessem e
juntos convencessem a gestão da universidade de que o espaço de uma
academia que se preze deve ser pautado, no mínimo, pelo espírito
democrático e pelo respeito às diferenças de pensamentos”.
O parlamentar, que lutou
de forma permanente pela plena implantação da Ufopa, explica que a
realidade dos dados se mostrou assustadora e ele respaldou a iniciativa
da comunidade acadêmica regional em oferecer a denúncia ao Ministério
Público Federal, em Santarém, e solicitar a intervenção federal do
Ministério da Educação na Ufopa para garantir aos mais de 8 mil alunos
uma formação digna nos cerca de 30 cursos regulares, sendo que neste
total estão também incluídos mais de 3 mil discentes do Plano Nacional
de
Formação de Professores (Parfor).
Formação de Professores (Parfor).
No final do discurso, o
parlamentar asseverou que desde o governo do ex-presidente Lula a
educação pública no Brasil ganhou investimentos significativos e novas
estruturas educacionais. “O governo federal direcionou nos orçamentos de
2010 a 2012 mais de R$192 milhões para a Ufopa, sendo que para
implantação e funcionamento da universidade foram mais de R$ 87 milhões,
conforme consta no Orçamento Brasil, pois são dados públicos. E é por
esta luta e pela conquista da construção da Ufopa que tenho a obrigação e
o dever de denunciar estas irregularidades e cobrar um intervenção
federal em defesa do uso transparente e honesto dos recursos públicos e
pelo fortalecimento da educação brasileira no Pará”, finalizou.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Deputado Zé Geraldo
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