WASHINGTON, EUA — Centenas de pessoas
se reuniram neste sábado na Geórgia (sudeste dos Estados Unidos) para
assistir ao funeral de Troy Davis, esperando que sua execução, realizada
em 21 de setembro, se torne um símbolo da luta contra a pena capital.
Os
participantes, vestidos na maioria com camisetas azuis que diziam "Eu
sou Troy Davis", encheram a igreja Jonesville Baptist, no sul da cidade
de Savannah.
Relembrando o caso
Davis, um negro de 42 anos, foi executado depois de
esgotar os recursos legais para evitar a injeção letal por ter
assassinado o policial branco Mark MacPhail em 1989, crime pelo qual por
condenado em um processo que deixou muitas dúvidas sobre sua
culpabilidade, segundo a defesa e várias organizações humanitárias
opostas à pena de morte.
Frente a um caixão cheio de flores e
fotografias de Davis, vários participantes tomaram a palavra para
defender a abolição da pena de morte nos Estados Unidos.
"Não há
dúvidas para mim sobre o fato de que a Geórgia, o estado da Geórgia,
assassinou um homem inocente", disse Edward DuBose, presidente na
Geórgia da National Association for the Advancement of Colored People
(Associação Nacional para a Ascensão de Negros).
"Depois de nosso luto, temos que passar à ação", completou.
Temos
que "brigar por cada prisioneiro que se encontrar no corredor da morte
neste país, isso é o que Troy queria que soubéssemos", disse DuBose.
O
diretor-executivo da Anistia Internacional nos Estados Unidos, Larry
Cox, manteve uma campanha mundial de apoio à causa de Davis,
argumentando que se trata de uma "grave violação aos direitos humanos
por parte do governo, ao matar deliberadamente um prisioneiro".
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