terça-feira, 18 de outubro de 2011

Cinzas de vulcão atrapalham candidatos a presidente na Argentina

Atrasos em voos impediram candidatos de participarem de atos políticos.
Oposição foca em candidatos ao Congresso para minar poder de Cristina.

Amauri Arrais Do G1, em Buenos Aires
Mulher protege-se das cinzas do vulcão com máscara nesta segunda-feira (17) em Villa La Angostura, cidade argentina próximo ao vulcão (Foto: AP)
Mulher protege-se das cinzas do vulcão com máscara nesta segunda-feira (17) em Villa La Angostura, cidade argentina próximo ao vulcão (Foto: AP) A nuvem de cinzas do vulcão chileno Puyehue, que cancelou e atrasou centenas de voo na Argentina, também mudou os planos dos candidatos à Presidência, na reta final da campanha para a eleição que ocorre neste domingo (23).

O ex-presidente Eduardo Duhalde (2002-2003), da União Popular, não pode viajar para Córdoba, segunda maior cidade argentina, onde celebraria com membros dissidentes do peronismo –mesma força política da presidente Cristina Kirchner-, o Dia da Lealdade Peronista.
Já a candidata da Coalizão Cívica, Elisa Carrió, voltou de carro da mesma cidade para Buenos Aires, onde se reuniu, na manhã desta terça (18), com membros do seu partido. Lilita, como é conhecida, teve de ser substituída pelo candidato a vice, Adrián Pérez, em um ato de campanha em Quilmes.

Em giro pelo interior do país, o governador da província de Santa Fé, Hermes Binner, apontado como segundo na corrida eleitoral pelas pesquisas, também participou de ato em Córdoba. Nesta terça, vai a La Plata, onde participa de atos com outros candidatos da Frente Ampla Progressista.
Governadores e parlamentaresA cinco dias de votação, os candidatos oposicionistas decidiram voltar seus esforços para as eleições estaduais e legislativas, como forma de controlar o poder da presidente, que obteve 50,4% dos votos na eleições primárias realizadas em agosto.

Além do novo presidente, os argentinos vão às urnas para eleger metade da Câmara, um terço do Senado, além de governadores em nove das 23 províncias.

“Mesmo os que apóiam Cristina Kirchner querem um pouco de equilíbrio. E a melhor maneira que têm é apoiar os partidos que vão controlar o kirchnerismo se se impuser em 23 de outubro”, disse ao diário argentino “Clarín” o candidato Ricardo Alfonsín, da União Cívica Radical, a principal força opositora.
Caso confirme maioria também no Congresso, Cristina terá facilidade para aprovar mudanças na Constituição, abrindo caminho para uma nova reeleição –como temem oposicionistas e analistas argentinos.

EncerramentoUm ato no Teatro Coliseo, de Buenos Aires, deve encerrar nesta quarta (19) a campanha à reeleição da presidente, 48 horas antes do fim do prazo oficial para a campanha, na sexta.

Já o opositor Hermes Binner fará nesta quarta um ato no estádio de Ferrocarril Oeste, último evento na capital antes do encerramento oficial da campanha que será na quinta, na cidade de Rosario.

As campanhas dos demais candidatos ainda não definiram o ato de encerramentos de suas campanhas.

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