Banco do BrasilUnidade é considerada a campeã no ranking dos assaltos
ULIANÓPOLIS
Evandro Corrêa Especial para O Liberal
Por
conta dos sucessivos assaltos e pela localização geográfica
deficitária, uma vez que as cidades mais próximas - Paragominas e Dom
Eliseu - estão localizadas a mais de 60 km de distância, a agência do
Banco do Brasil de Ulianópolis é hoje uma das mais visadas do Estado. É
considerada a campeã no rancking de assaltos a banco.
No
último deles, em maio deste ano, 12 homens armados tomaram de assalto a
agência e levaram aproximadamente R$ 1 milhão. Os bandidos chegaram às
proximidades da casa bancária e se dividiram em dois grupos - um rendeu
os policiais militares que estavam no prédio do Destacamento da Polícia
Militar, em frente ao banco, e outro rendeu funcionários e clientes que
estavam na agência.
Os
assaltantes chegaram ao banco em dois veículos. Segundo a Polícia, os
bandidos aproveitaram o horário do almoço para render os poucos PMs que
estavam no batalhão.
Depois
de adentrarem na agência do Banco do Brasil, os assaltantes se
apoderaram de cinco malotes com dinheiro que haviam chegado à agência no
dia anterior.
Em seguida, eles fugiram em uma caminhonete vermelha, supostamente rumo ao município de Dom Eliseu.
FUGA
Na
fuga, os assaltantes, além dos cinco malotes com dinheiro, levaram dois
funcionários do banco como reféns, que foram liberados minutos depois
numa estrada.
No ano passado, agência foi alvo de pelo menos cinco assaltos. No último, o banco ficou fechado ao público por dois meses.
Desta
vez, aproximadamente 20 homens fortemente armados e encapuzados levaram
todo o dinheiro que tinha na agência. Na ação, foram baleados um
policial e duas pessoas que estavam dentro do banco. Na saída, os
bandidos levaram como reféns o gerente da agência, Edélcio Corel Júnior,
e os funcionários Alan, Bruno e Adílio. Os reféns foram libertados na
BR-010 (Belém-Brasília), às proximidades do posto Madeireiro.
A
caminhonete S-10, de propriedade do gerente do banco, foi abandonada na
estrada e levada para a delegacia de Paragominas. Neste assalto, de
forma acintosa, os assaltantes cercaram o quarteirão onde fica
localizada a agência do Banco do Brasil. O bando, que utilizou
aproximadamente quatro carros para o assalto, se dividiu em quatro
grupos, se posicionando nas quatro esquinas da quadra que dá acesso à
agência. Ao anunciar o assalto, os grupos se juntaram em frente à
agência, sendo que uma parte adentrou ao prédio, enquanto os demais
faziam disparos para dentro da delegacia.
CORRERIA
Na
hora do assalto, havia aproximadamente 100 pessoas dentro da agência
bancária. Quando começaram os disparos, as pessoas que passavam perto e
que aguardavam do lado de fora do banco começaram a correr, o que
ocasionou um tumulto generalizado. Ao adentrarem no banco, os bandidos
utilizaram os clientes que estavam do lado de dentro para formar uma
barreira humana em frente ao prédio.
Depois
de renderem todos os funcionários e clientes da agência, os bandidos
recolheram todo o dinheiro dos terminais eletrônicos localizados na
ante-sala da agência e, em seguida, colocaram tudo em várias mochilas
levadas por eles para guardar o dinheiro. Em seguida, obrigaram o
gerente a abrir o cofre do banco.
Antes
da abertura do cofre, os assaltantes dispararam tiros por todo o
prédio, inclusive nas câmeras de circuito interno, que ficaram
totalmente destruídas. Depois de roubar todo o dinheiro que havia no
cofre, um grupo de bandidos saiu da agência carregando as mochilas,
enquanto outro fez três funcionários reféns, deixando a agência bancária
em uma S 10 preta, do gerente do banco.
Na
saída do banco, uma parte dos assaltantes, que ficou em uma esquina
próxima à agência, ateou fogo em uma caminhonete modelo S-10, cinza,
placa HOU-4241, de São Luís (MA), usada por eles para chegar à cidade.
Nos assaltos ao Banco
do Brasil de Ulianópolis, os bandidos usam sistematicamente armas de
grosso calibre, como fuzis AR-5, calibre 12 e pistolas de 9 milímetros.
Em 2007, município ficou sitiado e rodovia foi bloqueada por bandidos
Em
2007, o município de Ulianópolis foi palco de um dos assaltos mais
audaciosos da história. Desta vez, onze homens fortemente armados
destruíram totalmente uma viatura policial, bloquearam a BR-010 e
mantiveram a cidade sitiada por mais de três horas. Os bandidos chegaram
encapuzados na porta do banco e metralharam a delegacia e o posto do
destacamento da Polícia Militar, localizados em frente à agência.
Quando
ouviu o primeiro disparo, o gerente do banco, Adélcio Júnior, fugiu por
uma pequena janela que dá acesso à garagem da agência. Com isso, os
assaltantes não tiveram acesso ao cofre, levando apenas o dinheiro que
estava nos caixas. Testemunhas que estavam dentro da agência disseram
que, ao constatarem que o gerente já não estava mais na agência, os
assaltantes ficaram revoltados e passaram a fazer ameaças, dizendo que
uma hora o 'pegariam'.
GERENTE
Na
saída do banco, os bandidos roubaram uma caminhonete branca e levaram
como refém o segurança do banco, que foi liberado logo em seguida. Antes
do assalto, a quadrilha atravessou uma carreta na BR-010, às
proximidades da cidade, para dificultar o acesso de reforço policial. Em
conversa com os policiais de Ulianópolis, o segurança apresentou um
cartucho de arma de grosso calibre, dizendo que os assaltantes mandaram
que ele entregasse o projétil ao tenente Nélson, que comandava a
guarnição de Ulianópolis, representando um alerta para o mesmo tomar
cuidado.
Testemunhas
também afirmaram que os bandidos disseram, no interior da agência, que
estavam no local para vingar a morte de um assaltante. A Polícia
acredita que os assaltantes estavam se referindo ao roubo ocorrido na
agência dos Correios de Ulianópolis, em outubro de 2006, quando a
Polícia encurralou os bandidos e matou a tiros o assaltante de banco
Fábio Andrade Sobrinho, irmão do também assaltante Robson Andrade, foi
preso pelos policiais de Ulianópolis juntamente com outro integrante do
bando, Rubens Marleson Corrêa.
Investigações
da Polícia detectaram que o assalto aos Correios da cidade foi
articulado pela família Andrade, que reside no município de Jacundá.
Depois de preso, Robson Andrade foi retirado da Delegacia de Ulianópolis
sob um forte esquema de segurança, que envolveu três viaturas e 15
agentes da Polícia Federal. Robson é considerado um dos assaltantes de
banco e carro forte mais procurados do Brasil.
Uma
hora após o assalto, os assaltantes retornaram à área da agência do
Banco do Brasil e passaram a trocar tiros com policiais militares. Em
menor número, os bandidos bateram em retirada usando uma caminhonete
preta. Os policiais só não conseguiram perseguir os assaltantes por
causa da grande quantidade de curiosos que estava no meio da rua,
atrapalhando a ação policial.
RETORNO
Com
todo o alvoroço, a frente do Banco do Brasil da cidade se transformou
numa praça de guerra, com policiais armados e bandidos disparando tiros
para todos os lados. No centro da cidade, pessoas corriam para dentro de
casas tentando se proteger. Em conversa com a reportagem, policiais
disseram que os bandidos não haviam saído da cidade e estavam à procura
do gerente do banco, para matá-lo. O gerente foi retirado sob forte
esquema de segurança e não retornou mais a Ulianópolis.
Depois dos
sucessivos assaltos, setores de segurança pública do Estado destacaram
uma guarnição da Polícia Militar, vinculada diretamente ao comando-geral
da corporação, para fazer a segurança na agência e acalmar o clima de
insegurança em Ulianópolis. Recentemente, a agência passou mais de duas
semanas com as portas fechadas porque a guarnição teve que retornar para
Belém. (E. C.). |
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sexta-feira, 26 de junho de 2015
Unidade é considerada a campeã no ranking dos assaltos
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