Defesa dispensou 4 testemunhas para acelerar julgamento e disse que não haverá acordo para confissão
Divulgação
Os advogados de Bruno pediram a anulação da certidão de óbito de Eliza Samudio
Lúcio Adolfo, um dos advogados do goleiro, afirmou nesta segunda que não haverá acordo para a confissão do atleta sobre a morte da modelo, condição considerada imoral por ele. Mais cedo, o advogado José Arteiro, assistente de acusação, admitiu a possibilidade de um acordo com a defesa para o jogador pegar uma pena menor, se Bruno confessasse a morte da ex-amante.
A delegada Ana Maria dos Santos, que na época do crime tomou o depoimento do primo de Bruno, então menor, foi ouvida nesta segunda-feira. Segundo ela, Jorge Luiz Rosa, que estava num centro de internação, teria afirmado ter visto o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, esganar Eliza, passando o braço direito sobre o pescoço dela.
De acordo com a delegada, Jorge afirmou que Bola atirou uma mão, que seria de Eliza, aos cachorros. “Ele se mostrava bastante emocionado, pois pareceu ter guardado o choro. Esse foi um dos momentos em que ele, que estava sentado com a gente numa mesa, inclusive segurou no meu braço, com intensidade”, disse.
Ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues também está sendo julgada. Ela é acusada do sequestro e cárcere privado do bebê do atleta com Eliza.
Defesa pediu a anulação de certidão de óbitoDurante o julgamento, os advogados de Bruno pediram a anulação da certidão de óbito da modelo Eliza Samudio para tentar impedir que o goleiro seja condenado, mas a juíza negou a anulação. O documento foi expedido após determinação da juíza Marixa Fabiane Rodrigues Lopes, em janeiro deste ano.
“Ela (Marixa) não tem competência para determinar a expedição dessa certidão. Isso é competência do juízo cível. No documento tem a hora exata da morte da Eliza. Como ela pode saber tão precisamente isso?”, questionou o advogado Francisco Simim, que defende Bruno e Dayanne.
Para a defesa, a certidão poderia contribuir para a condenação de Bruno, pois confirma a morte de Eliza. O jogador é acusado de homicídio triplamente qualificado.
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