domingo, 24 de março de 2013

Al-Qaeda revela identidade do novo líder da organização no Norte de África

Al-Qaeda revela identidade do novo líder da organização no Norte de África

A Al-Qaeda escolheu o argelino Djamel Okacha para liderar a organização terrorista no Magrebe islâmico, depois de o anterior líder, Abou Zeid, ter sido morto em combate pelas tropas francesas no Mali, noticiou hoje a argelina Ennahar TV.


A nomeação de Djamel Okacha, argelino de 34 anos que também é conhecido por Yahia Abdoul Hannam, ainda terá que ser aprovada numa reunião da liderança da Al-Qaeda no Magrebe islâmico, adiantou à AFP Mohamed Mokkedem, dono da cadeia televisiva argelina Ennahar TV.
Okacha é conhecido por ser o braço-direito de Abdelmalek Droukdel, responsável pela Al-Qaeda do Magrebe islâmico, sendo considerado o "verdadeiro líder" do grupo, segundo Mokkedem.
De acordo com a AFP, Okacha vai liderar as operações do grupo quer na Argélia, quer no Mali, onde se têm travado duros confrontos com as tropas lideradas pelo exército francês.
O seu antecessor, Abdelhamid Abou Zeid, de 46 anos, ficou conhecido por ter expandido significativamente o campo operacional da organização à Tunísia e ao Niger, bem como por vários sequestros feitos nos últimos meses no Norte de África.
O gabinete do Presidente de França, François Hollande, confirmou no sábado que Abou Zeid foi morto em combate pelas forças chefiadas pelos franceses no Norte do Mali.
"François Hollande confirma a morte de Abou Zeid, ocorrida no final de fevereiro durante a luta com o exército francês nas montanhas Ifoghas no Norte do Mali", referiu um comunicado do palácio do Eliseu.
"A eliminação de um dos principais líderes da Al-Qaeda no Magrebe islâmico marca uma etapa importante na luta contra o terrorismo no Sahel", lia-se no documento.
A morte de Abou Zeid foi anunciada a 01 de março pelo Presidente do Chade, Idriss Deby Itno, cujo exército luta ao lado das tropas francesas para defender as montanhas Ifoghas.
Dois dias depois, o exército do Chade anunciou a morte do islamita argelino Mokhtar Belmokhtar, outro líder histórico da Al-Qaeda no Norte de África.
No entanto, a França não confirmou a morte de Belmokhtar, que abandonou a Al-Qaeda e planeou um raide aéreo, perpetrado em janeiro, contra uma plataforma de gás na Argélia que matou 38 reféns.
Abou Zeid, 46 anos, era considerado o líder mais radical da Al-Qaeda no Magrebe islâmico.
Em junho de 2009, os seus homens raptaram o turista britânico Edwin Dyer. Segundo várias testemunhas, foi o próprio Abou Zeid que decapitou o turista britânico.

O ministro francês dos Negócios Estrangeiros disse que serão feitos testes de ADN aos mortos para determinar se são os líderes terroristas.
O Mali mergulhou no caos na sequência de um golpe de Estado, em março de 2012, após o que os rebeldes da Al-Qaeda islâmica aproveitaram o vazio de poder para se apropriarem de uma zona de território no Norte.
A França lançou, a 11 de janeiro, uma intervenção na sua ex-colónia para impedir o avanço dos islamitas sobre a capital, Bamako.
O ministro maliano dos Negócios Estrangeiros, Tieman Coulibaly, disse hoje estar "feliz" com a morte de Abou Zeid.
"Estou feliz com a sua morte", afirmou Tieman Coulibaly, numa conferência de imprensa em Bamako que contou com a presença do ministro alemão da Cooperação, Dirk Niebel, que realizou uma visita de dois dias ao Mali.
Diário Digital com Lusa

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