Menina
de 9 meses morreu após medicação dada por enfermeira, diz família. Hospital diz
que só vai falar após ter o laudo do IML sobre a causa da morte.
Um bebê
de 9 meses morreu em um hospital de Anápolis, na tarde de terça-feira (12).
Segundo a mãe da criança, Thays Oliveira Souza, a filha, Emily Vitória, passou
mal após receber uma injeção. Revoltada, a família afirma que houve erro
médico.
Na porta
do hospital, Thays chorava, desesperada, a perda da única filha. Ela conta que
Emily Vitória foi internada na segunda-feira (11), com princípio de pneumonia.
Um dia depois, quando já estava melhor, uma enfermeira do hospital aplicou uma
injeção e, imediatamente, a bebê começou a passar mal.
Segundo
Thays, a enfermeira teria dito que aplicaria um antibiótico na bebê. Mas a mãe
acredita que ela tenha aplicado o remédio errado.
“Acho que
foi medicamento errado, não tem lógica. A minha filhinha estava boa, brincando,
rindo. Só foi aplicar o remédio na veia dela, ela roxeou a boca, virou os
olhos. Ela caiu”, relatou Thays.
Aos
prantos, o pai da criança, Thiago Souza, relatou como Emily Vitória foi levada
ao hospital: “Ela estava só com uma dorzinha no peito. Estava gripada,
resfriada e minha esposa trouxe ela para cá”.
Procurada
pela reportagem, a direção do Hospital da Criança de Anápolis informou que só
vai se pronunciar sobre o caso depois que sair o laudo do Instituto Médico
Legal (IML). O documento deve ficar pronto em 30 dias.
Falta de
UTI
Com o hospital não tem Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) teve de ser acionado. Pacientes contam que ligaram inúmeras vezes, mas o socorro não apareceu.
Com o hospital não tem Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) teve de ser acionado. Pacientes contam que ligaram inúmeras vezes, mas o socorro não apareceu.
Pais choram na porta do hospital; Thays, de vermelho, desmaiou (Foto:
Reprodução/TV Anhanguera)
“Muitas
pessoas ligaram e eles [Samu] não vieram. Foi negligência da enfermeira, mas
foi negligência deles também, que tinham a aparelhagem e não deram o socorro”,
diz a administradora Raiane Ferreira Rocha.
Quase uma hora depois da morte da menina, uma ambulância chegou ao hospital, mas para atender a mãe da criança, que havia desmaiado. A família pede justiça.
Quase uma hora depois da morte da menina, uma ambulância chegou ao hospital, mas para atender a mãe da criança, que havia desmaiado. A família pede justiça.
O
diretor-geral do Samu, Sérgio Marques, disse que o serviço não fez o transporte
da criança porque ela estava em parada cardíaca e a unidade não pode
transportar pacientes em reanimação. Informou também que o Samu ofereceu um
médico para ajudar na reanimação, mas a menina morreu antes do hospital
responder sobre a proposta.
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