A fraude era realizada por três escritórios de contabilidade, que utilizavam recibos falsos de despesas médicas.
Operação descobriu rombo de cerca de
R$ 2,5 milhões nas declarações de imposto de renda de pelo menos 300
contribuintes. A fraude era realizada por três escritórios de
contabilidade, que utilizavam recibos falsos de despesas médicas.Nesta manhã, foram apreendidos documentos, computadores e carimbos médicos falsos nos escritórios, que eram utilizados para forjar as isenções. A operação chamada de “No Limite” contou com a Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal.
De acordo com as investigações, os contadores testavam o sistema da Receita com vários valores até chegar ao limite aceitado para não cair na malha fina.
O chefe de fiscalização da Receita, Marcos André Más, explica que os contadores forjavam comprovantes de consultas médicas, exames e demais gastos com a saúde para aumentar o valor do imposto de renda a ser restituído aos clientes.
Ele ressalta que até o momento não é possível provar se os clientes pediam para os contadores fazerem a fraude ou não sabiam do procedimento.
No entanto, ele frisa que “não existe milagre” na declaração do imposto de renda, por isso, o cliente deveria desconfiar se o valor a ser restituído é maior do que consta nos documentos entregues ao profissional.
O delegado da Receita Federal, Flávio de Barros Cunha, explica que as pessoas físicas são responsáveis pela sonegação na sua declaração. A partir de agora, o contribuinte ainda pode fazer a retificação da declaração espontaneamente, mas após ser intimado o contribuinte perde o direito e tem 30 dias para apresentar a documentação solicitada, sujeito a pagar multa de 150 a 225% sob o valor sonegado.
A sonegação aconteceu no exercício do ano de 2010, mas as investigações apontam que as fraudes poderiam já estar acontecendo há cerca de 5 anos.
O superintendente da Polícia Federal, Edgar Paulo Marcon, explica que os contadores serão investigados e devem responder por estelionato. Além disso, o nome dos profissionais será entregue para o Conselho Regional de Contabilidade, que pode puni-los com a suspensão do registro.
Os profissionais investigados são Rudney Tadeu Pedroso da Silva, Maurílio Lubas Marques e Milton Brite Cardoso, cujo registro consta como “baixado” no site do Conselho. A reportagem não localizou os profissionais.
Malha - Em operação realizada no início deste ano, denominada de Malha 12, a Receita descobriu esquema em que um suboficial do Exército é acusado de fraudes no Imposto de Renda, com prejuízo de R$ 15 milhões aos cofres públicos.
Ao todo, a estimativa é de que 980 contribuintes sonegaram o imposto dentro do esquema de fraude. (CG News).
Nenhum comentário:
Postar um comentário