Corpo foi enterrado no cemitério Gethsemane em São Paulo. Velório reuniu mais de 1.500 pessoas (foto: Diogo Moreira/AE)
Foi a manifestação popular mais expressiva durante as homenagens a Hebe, que morreu no sábado, aos 83 anos, e foi velada, sem tumulto, durante a madrugada de domingo, no Palácio dos Bandeirantes. A Polícia Militar presente informou que cerca de 1 500 pessoas compareceram ao velório, aberto ao público. Ela morreu na manhã de sábado em casa de parada cardíaca, após ser desenganada pelos médicos na luta contra o câncer.
O corpo deixou o palácio às 10 horas, carregado pela guarda de honra, e foi levado ao cemitério em um caminhão do Corpo de Bombeiros, coberto por uma bandeira do Brasil e rodeado de arranjos de flores enviados pelos muitos admiradores da apresentadora. A presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, Pelé, Ivete Sangalo, Daniel, Angélica, Luciano Huck e Adriane Galisteu foram alguns dos que enviaram homenagens.
Antes do cortejo, o padre Marcelo Rossi realizou, às 8h30, missa em memória da apresentadora, na qual cantou Como É Grande Meu Amor por Você e “Jesus Cristo”, de Roberto Carlos, em coro com o público comovido. “Ela me pediu, quando morresse, que tivesse uma missa alegre. Estive com ela na semana passada, na inauguração de uma capela em sua casa. Ela sentia dores, mas estava firme. Foi guerreira até o fim”, disse o padre, após a cerimônia.
No fim da noite de sábado, o cantor e compositor Roberto Carlos, o humorista Tom Cavalcante, o prefeito Gilberto Kassab, a apresentadora Ana Hickmann, a ex-jogadora Hortência, o apresentador Serginho Groisman e o candidato à Prefeitura José Serra foram alguns dos presentes ao velório. Silvio Santos tornou-se o centro das atenções ao driblar repórteres. Deu, em seguida, um selinho em Hebe. Ao sair do velório, o apresentador foi avistado pelos repórteres e imediatamente cercado por um mar de câmeras e microfones. Inicialmente, nada disse à imprensa; sorriu e pediu para todos seguirem em frente.
As declarações de Roberto Carlos, que chegou emocionado ao velório, foram mais solenes. “Hebe vai ficar no meu coração para sempre. E também no coração de todos os brasileiros, de todas as pessoas que amam Hebe profundamente. Eu tenho certeza disso. Ela foi inesquecível.” “Muita emoção?”, perguntou uma repórter. “Muita tristeza”, respondeu, antes de entrar no palácio e passar cerca de três horas na companhia de seu filho, Dudu Braga, e dos familiares de Hebe.
História
Trajetória
Antes mesmo de se estabelecer como cantora e, depois, apresentadora, Hebe Camargo já estava atuando Em 1949, ela apareceu no primeiro filme, Quase no Céu.
Dois anos depois, no segundo, Liana, a Pecadora. Hebe começou morena, mas quando fez Zé do Periquito, em 1960, com Mazzaropi, já estava platinada.
No ano 2000, dublou a personagem Baylene na animação Dinossauro. Fez, depois, Coisa de Mulher, comédia de Eliana Fonseca, em 2005.
E, em 2009, participou de Xuxa e o Mistério de Feiurinha, de Tizuka Yamasaki.
Como pioneira da TV brasileira - que foi -, Hebe passou boa parte de sua vida diante das câmeras. No cinema, foi sazonal.
A TV era sua mídia.
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