Mais de 700 pessoas foram presas
em Nova York quando protestavam contra o que chamam de "ganância do
sistema financeiro" no sábado.
Os manifestantes do protesto Occupy Wall Street
(algo como "Ocupem Wall Street", o coração financeiro nova-iorquino)
cruzavam a ponte do Brooklin quando foram detidos pela polícia, a
maioria por causar tumulto e atrapalhar o trânsito.A marcha não tinha autorização da polícia, mas um porta-voz do movimento disse à BBC que "desde que caminhemos pela calçada e de maneira ordeira, é completamente legal".
Entretanto, a polícia afirmou que muitos não obedeceram as ordens de permanecer na calçada, e foram presos.
Ativistas do movimento estão acampados próximo a Wall Street há duas semanas. A organização dos protestos diz que está "defendendo 99% da população americana contra o 1% mais rico".
Indignação
Desde meados de setembro, os líderes do Occupy Wall Street – uma coalizão de agremiações menores – vinham conclamando seus seguidores a juntar 20 mil pessoas, "inundar a baixa Manhattan" (região onde fica Wall Street) e permanecer acampados "durante meses".
"Não é justo que nosso governo ajude as grandes corporações e não as pessoas", disse à BBC um dos manifestantes, Henry-James Ferry.
"Não somos anarquistas. Não somos vândalos. Sou um homem de 48 anos de idade."
Robert Cammiso, manifestante
Centenas de manifestantes permanecem ocupando a região de Zuccotti Park, localizada não muito longe de Wall Street.
Em apoio, uma série de pequenos protestos também foram realizados em outras cidades americanas.
No entanto, em duas semanas de manifestações, a relação com a polícia tem se mostrado difícil.
No dia 25 de setembro, 80 pessoas do movimento foram presas, também por desordem e por atrapalhar o trânsito. Um manifestante foi indiciado por agressão a um policial.
Na sexta-feira, cerca de 2 mil pessoas do movimento já haviam se dirigido em passeata para protestar contra a repressão policial aos protestos.
"Não somos anarquistas. Não somos vândalos. Sou um homem de 48 anos de idade", queixou-se um dos manifestantes, Robert Cammiso, para a BBC.
"Este não é um protesto contra a polícia de Nova York. É um protesto de 99% da população contra o poder desproporcional de 1% que controla 50% da riqueza do país."
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