sábado, 15 de outubro de 2011

Fim de semana recheado de protestos de professores


Os dias de greve dos profissionais da rede pública de ensino paraense vão continuar. Depois de uma assembleia geral realizada na tarde de ontem, em Belém, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado Pará (Sintepp) decidiu levar adiante a interrupção das atividades, iniciada em 26 de setembro. A greve já contabiliza doze dias sem aula nas escolas da rede estadual.
Logo mais à tarde, a partir das 16h, a categoria organiza uma ato-show na Praça do Operário, em São Brás. “Sábado é o dia do professor e como nós não temos o que comemorar, vamos protestar”, afirma a coordenadora geral do Sintepp, Conceição Holanda. Segundo ela, às 19h, os professores promoverão um “aulão” para esclarecer as reivindicações dos grevistas.
“Será uma grande aula para a sociedade para falar sobre financiamento do ensino, piso salarial e a questão de Belo Monte”, adianta.
Os trabalhadores acamparão no local e, na manhã deste domingo, devem sair em caminhada de protesto pelas ruas de Belém, em direção à Praça da República.
Na terça-feira,18, o destino das reivindicações é a Assembleia Legislativa do Estado do Pará, às 9h. Na quarta-feira, 19, os representantes do Sintepp, do Governo do Pará se reúnem para uma audiência de conciliação convocada pela Justiça.
As exigências dos professores e técnicos administrativos da rede englobam o cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR), fim do assédio moral, melhores condições de trabalho, e, em especial, o cumprimento do piso salarial indicado pelo Ministério da Educação (MEC), de R$1.187, 08. “Hoje, no Pará, ele é de R$ 1.096. A lei prevê que o salário. deve ser de 1.450. Nós queremos que o governo cumpra pelo menos o que o MEC diz”, ressalta Conceição.
Por telefone, a Secretaria de Estado Comunicação (Secom) informou que já foi dito diversas vezes ao sindicato que o pagamento do piso salarial da categoria só será feito mediante o repasse de verbas destinadas a esse fim por parte do Ministério da Educação. Segundo a Secom, qualquer promessa de cumprimento do piso sem essa complementação seria irresponsabilidade do Governo, pois comprometeria o planejamento orçamentário previsto para 2011.
O governo afirma ainda que já solicitou ao MEC a liberação do dinheiro. Segundo a Secom, o Pará é o primeiro Estado na lista dos que vão dividir um bilhão de reais dispostos aos governos para pagamento do piso nacional.
(Diário do Pará)

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