Os dias de greve dos
profissionais da rede pública de ensino paraense vão continuar. Depois
de uma assembleia geral realizada na tarde de ontem, em Belém, o
Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado Pará (Sintepp)
decidiu levar adiante a interrupção das atividades, iniciada em 26 de
setembro. A greve já contabiliza doze dias sem aula nas escolas da rede
estadual.
Logo mais à tarde, a partir das 16h, a
categoria organiza uma ato-show na Praça do Operário, em São Brás.
“Sábado é o dia do professor e como nós não temos o que comemorar, vamos
protestar”, afirma a coordenadora geral do Sintepp, Conceição Holanda.
Segundo ela, às 19h, os professores promoverão um “aulão” para
esclarecer as reivindicações dos grevistas.
“Será uma grande aula para a sociedade
para falar sobre financiamento do ensino, piso salarial e a questão de
Belo Monte”, adianta.
Os trabalhadores acamparão no local e,
na manhã deste domingo, devem sair em caminhada de protesto pelas ruas
de Belém, em direção à Praça da República.
Na terça-feira,18, o destino das
reivindicações é a Assembleia Legislativa do Estado do Pará, às 9h. Na
quarta-feira, 19, os representantes do Sintepp, do Governo do Pará se
reúnem para uma audiência de conciliação convocada pela Justiça.
As exigências dos professores e técnicos
administrativos da rede englobam o cumprimento do Plano de Cargos,
Carreiras e Remunerações (PCCR), fim do assédio moral, melhores
condições de trabalho, e, em especial, o cumprimento do piso salarial
indicado pelo Ministério da Educação (MEC), de R$1.187, 08. “Hoje, no
Pará, ele é de R$ 1.096. A lei prevê que o salário. deve ser de 1.450.
Nós queremos que o governo cumpra pelo menos o que o MEC diz”, ressalta
Conceição.
Por telefone, a Secretaria de Estado
Comunicação (Secom) informou que já foi dito diversas vezes ao sindicato
que o pagamento do piso salarial da categoria só será feito mediante o
repasse de verbas destinadas a esse fim por parte do Ministério da
Educação. Segundo a Secom, qualquer promessa de cumprimento do piso sem
essa complementação seria irresponsabilidade do Governo, pois
comprometeria o planejamento orçamentário previsto para 2011.
O governo afirma ainda que já solicitou
ao MEC a liberação do dinheiro. Segundo a Secom, o Pará é o primeiro
Estado na lista dos que vão dividir um bilhão de reais dispostos aos
governos para pagamento do piso nacional.(Diário do Pará)
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