segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Eric Clapton faz show arrebatador após uma década sem tocar no Rio

Guitarrista empolgou público que lotou arena na noite deste domingo (9).
Músico britânico volta a se apresentar na cidade nesta segunda (10).

Henrique Porto Do G1 RJ
Nada de telões de alta definição, efeitos visuais ou interatividade entre artista e público. Eric Clapton mostrou na noite deste domingo (9), na HSBC Arena, no Rio, que "somente" repertório e boa música ainda têm o poder de arrebatar uma plateia durante uma apresentação ao vivo. Foi assim, concentrando-se apenas em cantar e tocar (muito bem) por quase duas, que o guitarrista britânico conquistou os cariocas no primeiro show que faz na cidade em dez anos.
Eric Clapton, que não se apresentava no Rio desde 2001, tocou sucessos de várias fases da carreira, como 'Layla', 'Badge', 'Old love' e 'Cocaine' (Foto: Alexandre Durão/G1)Eric Clapton, que não se apresentava no Rio desde 2001, tocou sucessos de várias fases da carreira, como 'Layla', 'Badge', 'Old love' e 'Cocaine' (Foto: Alexandre Durão/G1)
Acompanhado por competentíssima banda formada por Chris Stainton e Tim Carmon (teclados), Willie Weeks (baixo), Steve Gadd (bateria) e Michelle John e Sharon White (backing vocals), Clapton passeou pela carreira pinçando canções das diversas fases de seus mais de 40 anos de estrada. Lembrou as ex-bandas Cream (com "Badge") e Derek & The Dominos ("Layla", "Nobody knows you when you're down and out", "Key to the highway"); brindou o público com hits ("Cocaine", "Wonderful tonight"); e, claro, priorizou o blues ("Hoochie coochie man", "Before you accuse me", "Driftin'" e "Crossroads", entre outras), sua maior fonte de inspiração artística.
A única diferença relativa ao repertório do show de Porto Alegre, na última quinta (6), foi a entrada de "I shot the sheriff", de Bob Marley, no lugar de "Tearing us apart". Clapton, que sempre se declarou fã do cantor jamaicano, colocou Marley no mapa mundi da música internacional depois de gravar a canção em seu segundo álbum solo de estúdio, "461 Ocean Boulevard", de 1974.
Eric é frio sobre o palco. Não se dirige ao público, não sorri, não acena, não deixa a plateia cantar sozinha em momento algum. Restringe-se a cumprimentar os fãs com um "boa noite" e a agradecer vez por outra. Mas ninguém dá muita importância para isso. Os solos e improvisos (seus e de seus músicos) parecem fazer o trabalho no lugar das palavras.
Eric Clapton mostra sua habilidade com a guitarra  (Foto: Alexandre Durão/G1)Clapton e o baterista Stevie Gadd: show teme quase duas horas de duração e contou com 'I shot the sheriff', músca de Bob Marley que ficou de fora do show do guitarrista em Porto Alegre  (Foto: Alexandre Durão/G1)
O entusiasmo do público é tanto que muita gente sai de seus lugares marcados para assstir ao show em pé. Mas a empolgação esbarra na ação dos seguraças, que prontamente recolocam todos em seus assentos de origem.
A boa surpresa da noite ficou por conta do também guitarrista Gary Clark Jr., escalado para abrir a apresentação. Com três discos no currículo, O norte-americano mostrou uma mistura de soul, rock e blues por meio de canções como "Catfish blues" (gravada por Muddy Waters, entre outros) e "Third stone from de sun", de Jimi Hendrix.
Gary e Clapton voltam a se apresentar no Rio nesta segunda-feira (10) e depois partem para São Paulo, para uma última apresentação na quarta (12), no Estádio do Morumbi.

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