Acidente-Imigrantes
O acidente ocorreu pouco antes das 13h. Conforme os choques aconteciam, motoristas e passageiros abandonavam os veículos e corriam para o acostamento ou para o canteiro central. Alguns motoristas, como o caminhoneiro Márcio Diniz Barbosa, de 37 anos, se preocuparam em salvar os ocupantes de outros carros.
Barbosa desceu do caminhão-tanque que dirigia ao perceber que haviam batido em seu veículo. “Foi quando notei que o caminhoneiro que bateu atrás (Donizete José da Silva, de 55 anos) estava preso nas ferragens. Puxei até conseguir tirá-lo (da cabine). Logo depois, uma carreta bateu atrás do caminhão dele e os três veículos explodiram”, disse Barbosa.
Segundo o Corpo de Bombeiros, 49 feridos foram levados para hospitais da região do ABC e de Cubatão, cidade do litoral paulista que fica perto do local do acidente. “Todos foram socorridos pela via terrestre, pois não havia teto para os helicópteros pousarem por causa da neblina”, disse a delegada Kátia Regina Cristófaro Martins, do 4º Distrito Policial de São Bernardo do Campo, que irá investigar o acidente.
A única morte registrada no engavetamento foi a de um caminhoneiro que bateu atrás de outro caminhão. A vítima ainda não tinha sido identificado até o fechamento desta edição. Segundo testemunhas, ele dirigia na faixa da direita quando sucessivas batidas ocorreram em vários pontos ao longo de dois quilômetros da rodovia. “O caminhoneiro tinha a opção de jogar o veículo para o acostamento, mas o local estava tão repleto de gente que ele preferiu bater em outro veículo para não provocar atropelamentos”, disse o tenente Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros.
Segundo o coronel Roberval França, comandante da PM do ABC, esse foi o maior acidente da história da Imigrantes. “A neblina forte não é comum para o horário e aquele trecho da rodovia. A visibilidade foi reduzida para 10 metros. O local virou um cenário de grande destruição. Nos meus 29 anos de trabalho, nunca vi algo parecido”, disse França.
Bombeiros e PMs passariam toda a madrugada de hoje no local do acidente. “Vamos atravessar a madrugada inteira e parte do dia de amanhã (hoje) para acompanhar a perícia e fazer a retirada de todos os veículos”, afirmou França. A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) vai acompanhar a remoção dos veículos. Segundo o biólogo Carlos Ferreira Lopes, da Cetesb, nove caminhões que ainda continuavam no local carregam produtos perigosos e dois deles apresentam leve vazamento.
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