Jornal do Brasil
O tenente-coronel Claudio Oliveira já foi exonerado do comando do 22ºBPM (Maré)
e se encontra detido na carceragem do Batalhão de Choque desde as primeiras
horas da madrugada desta terça-feira. A informação é da assessoria de comunicação da Polícia Militar.
Cláudio Luiz de Oliveira teve a prisão preventiva decretada
pela 3ª Vara Criminal de São Gonçalo, acusado de ser o mandante do assassinato
da juíza Patricia Acioli, no dia 11 de agosto, em Niterói.
Outros cinco policiais, acusados de forjar um auto de resistência para
acobertar a morte de Diego Belieni, de 18 anos, também tiveram mandados
expedidos pela Justiça. A decretação da prisão do tenente-coronel ocorreu após a confissão de um dos
cabos que executaram a juíza Patricia Acioli. Ele revelou que Cláudio Luiz de
Oliveira foi o mandante do crime.
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O cabo, que estaria ameaçado de morte, obteve o direito à delação premiada
(que inclui provável redução de pena) e foi incluído no programa de proteção à
testemunha. Ele disse que usou duas pistolas no crime, o que confirma a versão
dada pela polícia de que a juíza morreu com 21 tiros de pistolas 40 e 45.
Três policiais militares suspeitos de matar a juíza já estão presos em
várias unidades. As prisões dos três PMs foram decretadas por Patrícia horas
antes de ser executada.
Juíza estava em "lista negra" de criminosos
A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi
assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de
agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região
metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens
em duas motos e dois carros. Foram disparados mais de 20 tiros de pistolas
calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.
Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma
mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São
Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados
para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em
janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares
relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado
quando era defensora pública.
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