Garis, faxineiras e balconistas do Rock in Rio também se divertem
Gari que toca bateria diz que aproveita para aprender música.
Funcionária responsável por limpeza viu Cláudia Leite e Slipknot de perto.
Com luvas e materiais de limpeza, a faxineira Irene dos Santos, de 47 anos, limpava as mesas da Rockstreet, na Cidade do Rock, na manhã desta quinta-feira (29), quarto dia do festival. O trabalho começou às 10h e só termina às 18h. “Eu estou curtindo, hoje eu vou tentar ver algum show e depois vou para casa”, afirmou ela, sem saber quem vai tocar.
Na semana passada, ela trabalhou na parte da noite, durante os shows principais. Irene chegou a ficar responsável pela limpeza no Palco Mundo e conseguiu ver os integrantes do Slipknot e a Cláudia Leite. “Eu via os artistas rapidinho, ia para o banheiro pegar o lixo, parava um pouquinho para ver, achava muito legal. A Cláudia Leite é muito bonita”, contou. A faxineira também ficou um período na área VIP e disse que é o melhor lugar. “O pior é varrer o chão”.
A amiga de Irene, Verônica Leodor da Silva, de 28 anos, ainda não conseguiu ver nenhum show, por conta do cansaço. “A gente sai muito exausta, a gente só quer a nossa cama. Ontem lavei os vidros da área VIP todinha. Amanhã eu quero ver a Ivete, já avisei em casa que vou chegar tarde”, disse a faxineira.
Gari bateristaO gari Felipe Veiga, de 28 anos, é baterista e contou que a experiência de trabalhar no Rock in Rio está sendo boa para ele aprender música.
“Posso ver vários shows internacionais, posso ver várias bandas e aprender um pouquinho mais. Fico vendo as passagens de som e presto atenção na bateria”, afirmou.
Ele começa a varrer a Cidade do Rock às 6h e reclama que o público joga o lixo no chão. “Em vez de jogar na lixeira, eles jogam no chão. Já achei R$ 70, sapato, camiseta”, contou.
Felipe quer ver o máximo de shows que puder. “É uma experiência nova, principalmente porque os shows são de graça. Apesar de vir a trabalho, dá para se divertir. Termino às 15h e não vou embora. O cansaço a gente disfarça, finge que ele não existe”, brincou.
Nesta semana, o horário da balconista mudou e ela não vê a hora de conferir de perto os shows de Kesha, nesta quinta, e Shakira, nesta sexta-feira (30). “Vou ficar aqui direto, vou dormir na lanchonete. Os meus colegas fizeram isso na semana passada. Apesar de todo o cansaço, está valendo a pena. Ainda não consegui aproveitar, mas agora estou ansiosa”, confessou.
A funcionária contou que sofreu com as reclamações do público, já que as filas eram enormes. “O chato foi o pessoal reclamando. Mas agora vai ser melhor, aumentou o número de funcionários e colocamos mais um forno”, explicou.
Balconistas se programam para os shows
(Foto: Carolina Lauriano / G1)
No quiosque da pipoca, Jéssica dos Santos Lima contou que fica horas em
pé e as pernas doem. Mas no meio do trabalho, ela conseguiu ver o show
do Sepultura sem querer. “Vi por acaso. Queria ter visto o Metallica e o
Red Hot, mas estava muito cansada. Tentei ir na roda gigante, mas a
fila era enorme”, contou.(Foto: Carolina Lauriano / G1)
Para Yargo Quintas, colega de Jéssica, a oportunidade única de ver tantos shows faz o cansaço sumir. “Consegui ver Cláudia Leite, quero ver Ivete, Shakira. É tão bom, eu fiz várias amizades”, se empolgou ele, que é de Nilópolis.
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