Advogados de defesa e acusação acompanham o julgamento de Ronald Janssen em tribunal na cidade belga de Tongres
Foto: Reuters
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Começa nesta sexta-feira na cidade de Tongres, a 90 km de
Bruxelas, o julgamento de um professor de segundo grau que chocou a
Bélgica ao confessar o assassinato de três jovens e afirmar ser o autor
de 15 mortes e uma série de estupros durante os últimos dez anos.
Ronald Janssen será levado a júri popular pelos assassinatos de sua vizinha, Shana Appeltans, 18 anos, e o namorado dela, Kevin Paulus, 20 anos, cometidos em janeiro de 2010, e pelo assassinato de Annick Van Uytsel, 18 anos, em 2007.
A ata de acusação inclui sequestro e estupro com tortura. No entanto, quando foi detido pela morte de Appeltans e Paulus, duas semanas após o crime, o professor de desenho industrial afirmou ser um assassino em série e reivindicou um total de 15 assassinatos por motivos sexuais.
Os crimes, que ainda estão sendo investigados, teriam sido cometidos a partir de 1991 e as vítimas teriam entre 15 e 28 anos.
A polícia belga também acredita que ele seja o autor de pelo menos 20 estupros cometidos entre 2001 e 2010.
Comoção
As revelações de Janssen chocaram a sociedade belga e a imprensa local chegou a compará-lo a Marc Dutroux e Michel Fourniret, dois infames pedófilos e assassinos confessos, condenados à prisão perpétua por crimes cometidos durante vários anos na década de 90.
A diferença é que o professor, divorciado e pai de duas meninas de 8 e 11 anos, nunca levantou suspeitas em seu círculo de amigos, colegas ou alunos, e era considerado um profissional modelo.
O julgamento deverá durar quatro semanas e está sendo acompanhado em peso pela mídia local, apesar das tentativas de todos os envolvidos de manter o caso longe dos focos.
No início da semana as famílias das três vítimas enviaram uma carta conjunta à imprensa pedindo que os jornalistas não tentem entrevistá-las, nem nenhum dos envolvidos no processo. "Queremos poder acompanhar os debates com toda a serenidade e administrar em silêncio esse novo sofrimento que nos aguarda", explicaram.
Ao mesmo tempo, a pedido de Janssen, o tribunal de Tongres proibiu que se faça qualquer imagem do acusado dentro ou fora da sala de audiências, incluindo desenhos forenses, e avisou que os meios que infringirem essa restrição poderão ser sancionados.
Nesta quinta-feira a Associação Geral de Jornalistas Profissionais da Bélgica protestou contra a decisão argumentando que "em matérias importantes para a sociedade, como um julgamento por júri popular, o público tem o direito de ser informado, o que não se limita aos textos, mas inclui também imagens".
A maioria dos jornais belgas preparou páginas especiais em seus sites para publicar em tempo real o que é falado na sala de audiências.
Ronald Janssen será levado a júri popular pelos assassinatos de sua vizinha, Shana Appeltans, 18 anos, e o namorado dela, Kevin Paulus, 20 anos, cometidos em janeiro de 2010, e pelo assassinato de Annick Van Uytsel, 18 anos, em 2007.
A ata de acusação inclui sequestro e estupro com tortura. No entanto, quando foi detido pela morte de Appeltans e Paulus, duas semanas após o crime, o professor de desenho industrial afirmou ser um assassino em série e reivindicou um total de 15 assassinatos por motivos sexuais.
Os crimes, que ainda estão sendo investigados, teriam sido cometidos a partir de 1991 e as vítimas teriam entre 15 e 28 anos.
A polícia belga também acredita que ele seja o autor de pelo menos 20 estupros cometidos entre 2001 e 2010.
Comoção
As revelações de Janssen chocaram a sociedade belga e a imprensa local chegou a compará-lo a Marc Dutroux e Michel Fourniret, dois infames pedófilos e assassinos confessos, condenados à prisão perpétua por crimes cometidos durante vários anos na década de 90.
A diferença é que o professor, divorciado e pai de duas meninas de 8 e 11 anos, nunca levantou suspeitas em seu círculo de amigos, colegas ou alunos, e era considerado um profissional modelo.
O julgamento deverá durar quatro semanas e está sendo acompanhado em peso pela mídia local, apesar das tentativas de todos os envolvidos de manter o caso longe dos focos.
No início da semana as famílias das três vítimas enviaram uma carta conjunta à imprensa pedindo que os jornalistas não tentem entrevistá-las, nem nenhum dos envolvidos no processo. "Queremos poder acompanhar os debates com toda a serenidade e administrar em silêncio esse novo sofrimento que nos aguarda", explicaram.
Ao mesmo tempo, a pedido de Janssen, o tribunal de Tongres proibiu que se faça qualquer imagem do acusado dentro ou fora da sala de audiências, incluindo desenhos forenses, e avisou que os meios que infringirem essa restrição poderão ser sancionados.
Nesta quinta-feira a Associação Geral de Jornalistas Profissionais da Bélgica protestou contra a decisão argumentando que "em matérias importantes para a sociedade, como um julgamento por júri popular, o público tem o direito de ser informado, o que não se limita aos textos, mas inclui também imagens".
A maioria dos jornais belgas preparou páginas especiais em seus sites para publicar em tempo real o que é falado na sala de audiências.
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