sábado, 14 de abril de 2012

Conselho de Segurança da ONU deve enviar missão à Síria


Os 15 membros do Conselho votam neste sábado o envio de observadores que irão supervisionar o cessar fogo na região

Escombros da cidade de Homs, uma das principais atingidas pela série de bombardeios na Síria Escombros da cidade de Homs, uma das principais atingidas pela série de bombardeios na Síria (Khaled Tellawi/REUTERS)
Os 15 países membros do Conselho de Segurança da ONU estão praticamente de acordo sobre um projeto de resolução para o envio de observadores à Síria, que terão a responsabilidade de supervisionar o cessar-fogo na região. O anúncio foi feito pela diplomacia russa, poucas horas antes de uma votação sobre o texto nas Nações Unidas, que acontece neste sábado.
Os membros pretendem votar às 15 horas (meio-dia em Brasília), em Nova York, um projeto de resolução que autoriza o envio de observadores à Síria, após as difíceis negociações entre russos e ocidentais. O plano do emissário internacional Kofi Annan para a Síria prevê, além do fim da violência, o direito de manifestação pacífica e um diálogo entre a oposição e o governo.
Bombardeio - As forças sírias bombardearam durante uma hora neste sábado dois bairros da cidade de Homs (centro), no terceiro dia do cessar-fogo, informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). De acordo com o OSDH, os bombardeios nos bairros de Jurat al-Shaya e Al-Qarabis não provocaram vítimas.
Durante os meses anteriores à trégua, Homs, a terceira maior cidade do país, foi violentamente bombardeada, principalmente o bairro de Baba Amr, um reduto dos insurgentes que foi recuperado pelo exército no dia primeiro de março, após um mês de ataques incessantes.
Apesar do cessar-fogo, nos últimos dois dias morreram 18 pessoas, em sua maioria civis, mas o número é inferior à média diária dos últimos meses, que era de dezenas de mortos a cada dia. Dezenas de milhares de sírios protestaram na sexta-feira em todo o país para testar o compromisso do regime de Bashar al-Assad de respeitar o plano de paz do emissário internacional Kofi Annan. O exército abriu fogo contra os manifestantes e matou quatro pessoas no país.
(Com agência France-Presse)

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