Foto: EPA
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O ministro das Relações Internacionais da
Rússia, Serguei Lavrov, pediu aos países da OTAN que abandonem as suas
visões pessimistas sobre o plano do enviado especial da
ONU e da LA, Kofi Annan, que tem como objetivo resolver a crise síria.
ONU e da LA, Kofi Annan, que tem como objetivo resolver a crise síria.
O ministro pediu o fortalecimento dos esforços de todas as partes interessadas na consolidação da paz no país.
Depois
da reunião com os parceiros da OTAN, em Bruxelas, realizada no dia
19 de abril, Serguei Lavrov comentou a opinião de Moscou sobre os
acontecimentos na Síria. O ministro rejeitou a tentativa de colocar toda
a responsabilidade pela Síria nas costas da Rússia que, de acordo com
os políticos ocidentais, deve convencer Bashar Al Asad a por um fim
na violência. Lavrov disse que a paz na Síria depende também daqueles
que têm influência na oposição - EUA, Turquia, França e vários outros
países europeus e árabes.
Ao mesmo tempo, estes
países, desde o começo, não acreditavam ou pareciam não acreditar no
sucesso do plano de Kofi Annan. Eles tinham seus próprios objetivos na
região, entre eles a mudança do regime atual. A opinião é comentada pelo
perito do Instituto de Avaliação e Análise Estratégica,
Serguei Demidenko:
"A situação na Síria é bastante
especifica, pois ambos os lados estão dispostos a lutar até o fim. A
Arábia Saudita e o Qatar se comprometeram a derrubar o regime sírio. O
Ocidente dá a eles esta possibilidade. Asad está em uma questão de vida
ou de morte, pois tudo depende da capacidade do presidente sírio de
suprimir a oposição. A oposição entende que terá um futuro bastante
óbvio, caso caia nas mãos dos serviços de inteligência do governo."
Em
Moscou ressaltam que, depois que a ONU enviou seus observadores para a
Síria, o número de incidentes armados, começados pelas guerrilhas da
oposição, só aumentaram. Eles violam a trégua, que entrou em vigor no
dia 12 de abril. Os membros da oposição atacam diariamente os pontos de
controles e patrulhas militares, organizam
provocações fazendo se passar por manifestantes pacíficos. Foram notificados casos de assassinatos de civis e execuções de soldados. Houve até uma tentativa entrada no território sírio por parte de homens armados, vindos da Turquia, Líbano e Jordânia.
provocações fazendo se passar por manifestantes pacíficos. Foram notificados casos de assassinatos de civis e execuções de soldados. Houve até uma tentativa entrada no território sírio por parte de homens armados, vindos da Turquia, Líbano e Jordânia.
A situação fica
ainda mais difícil quando ambas as partes não querem chegar a
um compromisso, e não só Bashar Al Asad, como dizem os seus oponentes no
mundo todo, diz
Vladimir Sotnikov, perito do Instituto do Oriente Médio.
Vladimir Sotnikov, perito do Instituto do Oriente Médio.
"Bashar
Al Asad têm um plano somente seu. A oposição também não quer chegar a
um compromisso. De acordo com o plano de Annan, ambas as partes se
comprometeram a
parar com a violência e cumprir todos os pontos do acordo. Agora há falta de vontade política. É preciso que se cumpra todas as obrigações tanto pelo governo, quanto pela oposição."
parar com a violência e cumprir todos os pontos do acordo. Agora há falta de vontade política. É preciso que se cumpra todas as obrigações tanto pelo governo, quanto pela oposição."
Além
da situação difícil dentro da Síria, há ainda os problemas vindos de
fora. Em Paris foi realizada a reunião dos Ministros das Relações
Internacionais de vários países europeus e árabes, que fazem parte do
grupo dos Amigos da Síria. Os peritos dizem que este grupo
tenta realizar um jogo próprio, ligado à crise síria. Ao contrário do CS
da ONU, que tem feito um trabalho concreto para resolução da crise, os Amigos da Síria agem exclusivamente
a favor da oposição. Eles provem a política de sanções contra a Síria
toda vez que se reúnem. A Rússia já se recusou em participar na reunião
do grupo de amigos, alegando que suas ações prejudicam a consolidação das medidas tomadas pelo CS da ONU.
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