Marcos Santi
Os eleitores campo-grandenses não deixaram o Dia da Mentira passar em branco e aproveitaram para lembrar quem, segundo eles, melhor representa essa data: a classe política.
O presidente da Associação dos Moradores do Bairro Dom Antônio Barbosa, Rubens Honório Alcântara, de 38 anos, reforça a tese. “É o dia que mais nos faz lembrar os políticos. Eles aparecem aqui de quatro em quatro anos e, em dois meses, querem iludir a população com mentiras”, afirmou.
O representante do bairro vai além. “Deveria trocar o nome de Dia da Mentira para o Dia do Político. Pelo menos nessa data eles estão muito bem lembrados pelo o que de melhor sabem fazer”, ironizou Alcântara.
Ao comentar sobre reuniões políticas que participou nas últimas eleições, a vendedora Marli Euzébio, de 37 anos, reforçou o coro contra a classe. “Ele [candidato] se reuniu com a gente e prometeu um monte de coisa, que ia melhorar a educação, os ônibus, mas até hoje nada mudou, só o preço do passe que aumentou”, criticou. “Tem mais é que trocar para o Dia dos Políticos mesmo”, emendou.
Gerente de um posto de combustível, José Alberto, de 38 anos, também se lembrou dos políticos neste Dia da Mentira. “Claro que existem as exceções, mas a maioria só promete e não faz nada, são mentiras. Eles só procuram a classe mais baixa em época de eleição”, disse.
A comerciante Luciane Ribeiro, de 34 anos, compartilha da opinião de José Alberto. “Não dá para não se lembrar deles. Prometem segurança, educação, mas depois das eleições não fazem nada”, pontuou.
Sem se lembrar ao certo da data, o senhor Virgílio Barros, de “quase 80 anos”, como prefere comentar a idade, acredita que mais pessoas devem ser lembradas nesse dia. “Nessa escala tem muito mais gente, não só políticos, mas médicos e outras pessoas”, ponderou.
Luiz Alberto |
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