Preso na Lava Jato cita Cunha, e Moro envia ao STF nova suspeita
Preso na Lava Jato, suposto operador diz que fez transferência para conta de Cunha. Em evento em SP, presidente da Câmara não falou a jornalistas.
João Augusto Rezende Henriques, suposto operador do PMDB no esquema de
corrupção na Petrobras, afirmou em depoimento à Polícia Federal que fez
uma transferência ao exterior para uma conta do presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Henriques foi ouvido pela PF na
sexta-feira (25), após ser preso na 19ª fase da Operação Lava Jato.
Procurado pelo G1, o advogado de Cunha não foi encontrado para comentar o assunto. Cunha participou neste sábado (26) do evento de filiação da senadora Marta Suplicy ao PMDB, mas não quis falar aos jornalistas.
A defesa de João Henriques afirmou que ele é engenheiro, nunca foi operador e nem pagou propina para nenhum partido. Afirmou, ainda, que sobre a compra do campo de exploração, Henriques não sabia à época de quem era a conta onde o depósito foi feito. Por fim, garantiu que todos os serviços investigados foram prestados.
O juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma nova suspeita contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, nas investigações do caso.
Em despacho decretando a prisão preventiva do suposto operador do PMDB no esquema João Augusto Rezende Henriques, Moro escreve que Henriques confirmou pagamento de propina a um agente político, com foro privilegiado, já investigado pela Lava Jato. Segundo procuradores ligados à investigação, esse agente político é Cunha. A informação foi publicada na edição deste sábado no jornal “O Estado e S. Paulo”
Procurado pelo G1, o advogado de Cunha não foi encontrado para comentar o assunto. Cunha participou neste sábado (26) do evento de filiação da senadora Marta Suplicy ao PMDB, mas não quis falar aos jornalistas.
A defesa de João Henriques afirmou que ele é engenheiro, nunca foi operador e nem pagou propina para nenhum partido. Afirmou, ainda, que sobre a compra do campo de exploração, Henriques não sabia à época de quem era a conta onde o depósito foi feito. Por fim, garantiu que todos os serviços investigados foram prestados.
O juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma nova suspeita contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, nas investigações do caso.
Em despacho decretando a prisão preventiva do suposto operador do PMDB no esquema João Augusto Rezende Henriques, Moro escreve que Henriques confirmou pagamento de propina a um agente político, com foro privilegiado, já investigado pela Lava Jato. Segundo procuradores ligados à investigação, esse agente político é Cunha. A informação foi publicada na edição deste sábado no jornal “O Estado e S. Paulo”
Eduardo Cunha foi acusado pela Procuradoria Geral da República pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com a Procuradoria, Cunha recebeu propina de contratos firmados entre a Petrobras e fornecedores da estatal.
Investigadores da Lava Jato informaram ainda que o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, confirmou em depoimento de delação premiada que Cunha (PMDB-RJ) recebeu propina de pelo menos US$ 5 milhões por contratos de aluguel de navios-sonda pela Petrobras.
19ª fase
A 19ª etapa da Lava Jato, deflagrada na segunda-feira (21), foi considerada um avanço em relação à investigação de outras três etapas da operação. A Polícia Federal associa o nome de João Henriques ao PMDB, uma vez que ele agiria como operador do partido. A direção do PMDB afirma que jamais autorizou ninguém a agir como intermediário, lobista ou operador junto à Petrobras.
“Esse operador é investigado por intermediar o pagamento de propinas com destaque, especificamente, por um contrato de compra de navios-sonda pela Petrobras no valor de mais de 1,8 bilhão de dólares, em que a propina ultrapassa 30 milhões de dólares”, disse o delegado Igor Romário de Paula.
Segundo o Ministério Público Federal, que pediu a prisão preventiva, o depoimento de Henriques sugeriu que ele ainda mantém influência dentro da Petrobras através de amigos com cargos na estatal, e que ele também confirmou ter conhecimento de bastidores políticos envolvendo o PMDB.
Ao decidir pela prisão preventiva de Henriques, Sergio Moro afirma que há indícios do envolvimento dele em crimes relacionados a contratos da Petrobras. "Nessas atividades, remuneraria seus amigos, como ele mesmo admitiu, havendo indícios de que estes são ocupantes de cargos públicos", afirmou o juiz, que disse ainda que cabia a Henriques efetuar repasses a partidos políticos.
Réu
João Rezende Henriques já é réu em uma ação penal oriunda da Lava Jato em que responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro – também é réu nesta ação Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da área Internacional da Petrobras.
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