FRAUDE DA MÁFIA DA MADEIRA RENDEU MAIS DE 12 MILHÕES A CRIMINOSOS
Um agente do Ibama, lotado em Marabá, era quem coordenava o esquema.
Uma
quadrilha que fraudava o sistema do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Pará foi desarticulada nesta
quarta-feira (3) durante a operação “Amazônia Legal 2”. De acordo com a Polícia
Civil, nove pessoas já foram presas, sendo que quatro prisões ocorreram em
Belém.
No total,
foram emitidos 16 mandados de busca e apreensão em madeireiras e na casa dos
presos. Onze mandados de prisão, foram emitidos em Belém, Marabá, Tailândia,
Goianésia, Santarém e Itinga, no interior do Maranhão. Dois mandados de
condução coercitiva, quando a pessoa é levada para depor, também foram
cumpridos na capital, onde os detidos foram ouvidos pela polícia.
Guias
florestais e outros documentos foram apreendidos durante esta manhã. De acordo
com as investigações, a quadrilha seria responsável por uma fraude avaliada em
R$ 12 milhões. O dinheiro foi obtido em apenas um mês, com a exploração
irregular de madeira no estado.
Esquema
ilegal
Para poder explorar, transportar e
comercializar os produtos florestais, as madeireiras precisam ser cadastradas
no sistema informatizado do Ibama. Mas, as 23 empresas envolvidas no esquema
criminoso estavam bloqueadas neste sistema porque tinham algum tipo de
irregularidades, como não ter base física ou porque a quantidade declarada de
madeira não correspondia a realidade.
Para poder voltar a comercializar os produtos, as empresas contrataram um servidor do Ibama que invadiu o sistema do órgão usando a senha de outro funcionário. Com isso foi possível alterar os dados no sistema. Este servidor foi preso durante a operação, em Marabá, no sudeste do Pará.
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