Incêndio na favela Moinho, centro de São Paulo, deixou 300 famílias sem casas; vizinhos e missionários levaram alimentos e roupas
“Quero que eles se levantem de novo e vou ajudar. Conheci um senhor que está só com a roupa do corpo e já disse que ele pode ficar lá em casa”, contou. No seu barraco, recém-comprado, a cozinha e o banheiro ficam na parte de baixo e, subindo as escadas, o quarto é dividido com uma gata branca.
Foto: Fernanda Simas, iG Sâo Paulo
Embaixo do viaduto Engenheiro Orlando Murgel, outros moradores se reuniram e tiveram o auxílio do padre Júlio Lancellotti e do bispo auxiliar de São Paulo Dom Tarcísio Scaramussa. Eles realizam um trabalho assistencial na região central da cidade e afirmaram que todos os cidadãos precisam olhar para a realidade das pessoas que vivem nas favelas.
“O presépio de Natal de São Paulo não é na avenida Paulista, é aqui”, afirma o padre Lancellotti, como forma de mensagem. O bispo Scaramussa complementa. “Essa solidariedade do momento de emergência precisa continuar. Uma cidade como São Paulo tem condições de resolver uma situação dessas.”
Foto: Reprodução de TV
Incêndio em prédio na favela do Moinho, em São Paulo
Durante o incêndio na favela Moinho, na região de Campos Elíseos, centro de São Paulo, cerca de 300 famílias tiveram suas casas incendiadas. Segundo a Prefeitura de São Paulo, algumas delas decidiram se mudar para as casas de parentes e amigos e outras foram alojadas no Clube Raul Tabajara, da Secretaria de Esportes.
Segundo os moradores, o incêndio começou no prédio ocupado que faz parte da favela e onde moravam cerca de 600 famílias. Em toda a comunidade, estima-se que vivam três mil pessoas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma pessoa foi encontrada morta e três ficaram levemente feridas, com escoriações e poucas queimaduras. O edifício que pegou fogo corre o risco de cair e, por isso, áreas próximas foram isoladas pela Defesa Civil.
A circulação de trens está suspensa em duas linhas: 7-Rubi entre as estações Luz e Barra Funda e na 8-Diamante entre as estações Barra Funda e Julio Prestes. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informou que não há precisão para os trens voltarem a circular.
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