segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A partir da Rocinha, TIM quer difundir uso do Wi-Fi pelo País


Usando estratégia como vantagem competitiva, telco quer chegar a 10 mil antenas espalhadas pelo Brasil até 2012

crédito: Vitor Cavalcanti
Em uma inusitada apresentação na quadra da escola de samba Acadêmicos da Rocinha, na segunda-feira (05/12), a TIM deu seu primeiro passo para popularizar o uso do Wi-Fi no País. Esta também é uma das primeiras ações da TIM Fiber, companhia que surgiu a partir da compra da AES Atimus e já consegue abraçar com fibra óptica uma boa área da Rocinha que, neste momento, passa por um processo de pacificação.
A ideia é que essa fibra, quando conectada às 25 antenas instaladas até agora, ofereça uma internet sem fio de qualidade para os moradores da comunidade – até 54 Mbps. A rede será semi-pública, como explica o presidente da TIM Brasil, Luca Luciani. Dentro da rede principal, serão criadas subredes para atender aos clientes da operadora e, também, o público em geral. Este último, entretanto, não terá acesso total, mas aos serviços públicos, como conteúdos relacionados à educação. A ambição da operadora é chegar a dez mil hot spots espalhados pelo Brasil até 2012.
O lançamento da estratégia, além de um discurso na escola de samba da comunidade, rendeu uma caminhada nas proximidades de uma das entradas da Rocinha. Por lá, além da já conhecida desigualdade social, Luciani chama a atenção para uma economia pujante e que representa o momento de crescimento vivido pelo País, com a chamada nova classe C. “Há uma evolução sócio-demográfica incrível. A classe C cresce muito e essa é a nova Rocinha, que quer comprar, melhorar a casa, comprar telecom, carro. Não gosto de falar em caridade, acreditamos num negócio que agiliza a vida das pessoas. Estamos no quarto maior mercado do mundo e um dos mais competitivos”, pontua Luciani. Neste momento de teste, o Wi-Fi deve atingir cerca de 1,7 mil residências, a ampliação para outras áreas acontecerá ainda no primeiro trimestre do ano que vem.
No comércio local, é fácil encontrar representantes da TIM e eles não estão apenas em locais físicos. A companhia espalhou pela comunidade promotores para venda de chips, algo parecido com o que é feito nas estações de trem em São Paulo. “Cem gateiros já nos procuraram para vender nossos produtos”, lembra Rogério Takayanagi, CEO da TIM Fiber.
A publicidade da operadora também marca forte presença por lá. Na sede da associação de moradores, havia um grande painel da marca, tudo isso para reforçar o trabalho que é feito nas comunidades e que tem rendido bons negócios à TIM, que por muito tempo não conseguia crescer no mercado carioca. Ao mudar o foco da estratégia e passar a trabalhar com as comunidades, viu suas vendas saltarem e hoje já tem um maior market share significativo. “A estratégia no Rio só virou por conta das comunidades. Foram dez anos sem crescer”, reforça Takayanagi.

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