terça-feira, 16 de agosto de 2011

A morte entre cidades vizinhas


Agência BOM DIA

Bauru-Piratininga deixa rastro de sangue ao longo de 6 quilômetros de extensão. Dessa vez, a vítima foi agricultor de 43 anos

Daniel, Diego, Wilson, Jhonny, Adair. Esses são alguns nomes de pessoas que acabaram morrendo na vicinal Bauru-Piratininga. Os nomes foram lembrados por amigos. O último foi personagem da tragédia mais recente, que ocorreu na noite do último domingo (14).
O agricultor Adair Francisco Iembo Júnior, 43 anos, trafegava sentido Piratininga-Bauru, quando sua caminhonete Hilux capotou na ponte do rio Batalha. Foi atirado para fora do veículo e não resistiu. Ele foi velado e enterrado em Piratininga. Em 2009, havia feito protesto contra insegurança em outro trecho que liga a rodovia João Ribeiro de Barros ( SP-294) à própria  Bauru-Piratininga.
Uma mulher estava com ele, a auxiliar de serviços gerais, Maraluci Vieira Rodrigues, 22, e sofreu ferimentos leves. A polícia agora investiga quem estava dirigindo o veículo.
Prejuízo
O aposentado, Basílio Gordiano da Silva, 86, e os filhos Pedro, 28, e João Paulo, 17, trabalharam na manhã de ontem arrumando a cerca de sua propriedade, embaixo da Ponte do rio Batalha. “Estávamos jantando e escutamos um barulho muito forte de freada e de batida”, lembrou Pedro.
Basílio perdeu as contas de quantas vezes precisou reerguer sua cerca. “Pelo menos cinco vezes. Aqui já morreu muita gente. As pessoas pensam que é pista de corrida.”
O comerciante Orivaldo de Souza, 37; o borracheiro, Daniel Aparecido Franco, 51; e o caminhoneiro, Orcelo Lourenço, 45, perderam conhecidos na Bauru-Piratininga. “Eu era cobrador de ônibus e fazia o trajeto a cada meia hora. Um acidente com uma professora me marcou. Ela atropelou uma vaca e eu a vi morrendo”, diz Orcelo.
‘Geografia é favorável à velocidade alta’
O capitão da Polícia Militar Jeferson Campos Santana contou que as causas do acidente serão apontadas pela perícia, mas que pelo estrago, a velocidade da Hilux não era baixa. “Nessa estrada a geografia favorece a velocidade por ser uma descida, bem asfaltada”, explicou. O capitão ressaltou que a polícia realiza operações de trânsito no local.
A prefeitura de Bauru, responsável pela estrada até a ponte do Rio Batalha informou que foi formalizado um pedido de construção de acostamentos, melhoria na sinalização e obras de execução de rotatórias junto à Secretaria Estadual de Logística e Transportes. A prefeitura aguarda análise  por parte do órgão estadual.
Falta sinalização na vicinal
Na estrada há poucas placas de limite de velocidade, que é 60 km/h. Uma delas está coberta por mato.
27
É o número de acidentes na Bauru-Piratininga em 2011 com duas mortes registradas na área de Piratininga.

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