sábado, 20 de agosto de 2011

Belém se prepara para um dia sem água

O Liberal
TRANSTORNO
Moradores da capital e Ananindeua fazem o que podem para reservar o produto
A interrupção no abastecimento de água na Região Metropolitana de Belém, que ocorrerá amanhã, mudou a rotina dos moradores da cidade que já começaram a armazenar água desde ontem, como forma de amenizar os transtornos que serão provocados pela suspensão do serviço. Ontem, dezenas de moradores do bairro do Marco recorreram a um olho d’água, localizado na Mariz e Barros, para encher garrafões de água mineral e garrafas pet. Um trabalho cansativo para o morador João Batista Veloso, de 86 anos, que já tinha ido à fonte pela terceira vez para encher os recipientes. Pessoas de outros bairros também recorreram ao olho d’água para armazenar o líquido para amanhã. Alguns chegavam de bicicleta, carrinhos e até triciclos. A Cosanpa estima que mais de 200 mil unidades consumidoras terão o serviço interrompido.
Para o morador Paulo Roberto Martinês, de 53 anos, não faz diferença nenhuma se vai faltar água amanhã em Belém. Ele ressalta que este é um problema diário na capital, que desta vez foi anunciado e deu para ele se prevenir. 'Eu venho até o olho d’água aproximadamente quatro vezes por dia, toda vez que falta água. Venho empurrando um carrinho improvisado para levar os garrafões cheios de água. Em cada viagem são quase 60 litros que tenho que levar'.
O açougueiro Benedito da Conceição, de 30 anos, se deslocou da Terra Firme até o Guamá com dois garrafões de água mineral para reabastecê-los. 'Fiz um trajeto de quase cinco quilômetros até aqui e é provável que tenha que voltar de novo para encher mais garrafas', disse. O olho d’água na Mariz e Barros existe há anos e é uma fonte onde milhares de moradores recorrem para ter água para beber e cozinhar. Depois que foi anunciado a falta de água na RMB, aumentou o número de pessoas que foram até a fonte.

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