Blog do Barata
Tal qual ocorre com a tortura, o destino da corrupção está indissoluvelmente associado ao destino dos corruptos. Por isso soa a escárnio a postura do presidente da Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará, deputado Manoel Pioneiro (foto) (PSDB), ao manter incólumes, e alguns casos até em cargos comissionados, os envolvidos nas falcatruas ocorrida no Palácio Cabanagem, sob investigação pelo Ministério Público Estadual. Depois de prorrogar a vigência de contratos que lesam o erário, herdados da administração do ex-deputado Domingos Juvenil (PMDB) como presidente da Alepa, e até celebrar um contrato em termos desconhecidos, a condescendência de Pioneiro em relação aos servidores envolvidos em fraudes sugere que ele coonesta a corrupção e os corruptos que vicejam no Palácio Cabanagem.
Uma fonte consultada pelo Blog do Barata, com reconhecida experiência no combate a corrupção e aos corruptos, cultiva a convicção pétrea de que os servidores da Alepa, denunciados pelo Ministério Público Estadual, devem ser afastados por Pioneiro, com base na lei nº 5.810/94, que vem a ser o Regime Jurídico Único dos servidores públicos do Estado do Pará. Segundo ainda essa mesma fonte, o RJU se aplica aos servidores do Poder Legislativo e determina, no artigo 29, que sejam afastados os servidores denunciados à Justiça por corrupção. “Se, por exemplo, a Naná for denunciada criminalmente, ela deverá ser afastada por Pioneiro”, assinala a fonte do blog, reportando-se a procuradora Maria de Nazaré Rodrigues Nogueira, a Naná. Esta foi flagrada fraudando pelo menos duas licitação, quando presidente da CPL, a Comissão Permanente de Licitação da Alepa, para compra de materiais e contratação de serviços, durante os quatro anos da gestão do ex-deputado peemedebista Domingos Juvenil como presidente da Assembléia Legislativa do Pará.
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