segunda-feira, 25 de julho de 2011

Polícia reduz para 76 número de mortos em atentados na Noruega

A Polícia corrigiu nesta segunda-feira para 76 o número de mortes nos dois atentados ocorridos na Noruega, após reduzir de 85 para 68 o número de vítimas no encontro de jovens do partido trabalhista na ilha de Utoeya, e elevar de 7 para 8 de mortos no complexo governamental de Oslo.
O porta-voz da polícia afirmou que os números ainda não podem ser considerados definitivos, já que continuam as buscas por vítimas na ilha. A fonte não quis estimar o número de desaparecidos, para evitar "confusões" em uma situação "extremamente dramática".
Em entrevista coletiva, o porta-voz policial, Sveinung Sponheim, advertiu que o balanço não pode ser considerado ainda definitivo, já que há desaparecidos nas ilhas.
A defasagem entre o balanço desta segunda-feira e o número de 93 vítimas contabilizado anteriormente se deve, ainda segundo fonte, às "circunstâncias difíceis" nas quais os trabalhos de resgate vêm sendo realizados.
Por isso, negou a dar estimativas sobre um número concreto de possíveis desaparecidos, para evitar "confusões" em uma situação "extremamente dramática".
O próprio diretor da Polícia norueguesa, Oystein Maeland, justificou a defasagem de números apresentados pelas forças de segurança.
"Sexta-feira havia confusão em Utoeya. Essa é talvez a razão pela que os números são diferentes dos que oferecemos agora. A confusão pode ter levado algumas pessoas terem sido contadas mais de uma vez", argumentou Maeland.
Ele acrescentou que a Polícia foi pressionada a dar números realistas à imprensa na sexta-feira à noite, porque os números cogitados eram muito baixos.
"Sentimos pelos números terem sido muito elevados", disse.
Afirmou ainda que uma vez concluída a investigação sobre os ataques, a Polícia vai abrir uma investigação interna para estudar se houve ações "que poderiam ter sido feitas de maneira melhor".
Outro porta-voz oficial, no entanto, reiterou em entrevista coletiva que os agentes "chegaram à ilha o mais rápido possível" e tentou minimizar a importância da polêmica sobre a decisão das forças de segurança de se aproximar da ilha por terra e mar ao invés de helicóptero.
O suposto autor do duplo atentado, Anders Behring Breivik, reconheceu nesta segunda-feira em seu primeiro depoimento diante de um juiz instrutor a autoria do massacre e explicou que seu objetivo era "castigar a social-democracia" por esta "importar" muçulmanos.
"O detido afirmou (diante do juiz) que precisava executar os atentados para salvar a Noruega e a Europa ocidental dos muçulmanos e do marxismo cultural", relatou um porta-voz do tribunal do distrito de Oslo à imprensa.
Breivik explicou que com sua ação buscava "limitar" as futuras possibilidades do Partido Trabalhista norueguês de aceder ao poder, assim como mandar um "sinal claro", sem espaço para ser "mal interpretado".
O suposto autor dos atentados afirmou em seu primeiro depoimento judicial, a portas fechadas, que há "outras duas células" em sua organização, segundo informou o juiz.
O suspeito e único detido até o momento em relação ao duplo ataque reconheceu diante de um juiz instrutor ter colocado o carro-bomba no distrito governamental de Oslo e baleado, apenas duas horas depois, dezenas de jovens na ilha de Utoeya.

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