quinta-feira, 16 de junho de 2011

Romário de olho na prefeitura do Rio



O deputado federal Romário no plenário da Câmara dos Deputados: "adaptação mais rápida do que imaginava" Foto: Ailton de Freitas/Agência O Globo (03/05/2011)

Clarissa Monteagudo
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Apenas cinco quilômetros separam os gramados do Maracanã da sede da Prefeitura do Rio. Mas para cumprir essa travessia, Romário afirma que terá que suar muito a camisa. O Baixinho confirmou ontem que está sendo sondado pelo PSB para concorrer a uma vaga na Prefeitura do Rio, como ontem foi noticiado na coluna Gente Boa, do Globo.
— Existe uma sondagem realmente, como via isso, se tinha interesse. Eu sou muito novo na política. Estou apenas há seis meses. Não sei se teria capacidade de ser prefeito do Rio. Mas como falta um ano e meio, tenho total condição de aprender muito até lá. Não vou te dizer que vai acontecer. Independentemente de me tornar futuro candidado, faço questão de dizer que não tem prefeito melhor do que Eduardo Paes. Eu o respeito como grande cara e grande político — explica Romário, que afirma já estar adaptado à vida de político: — Estou amarradão.
Ele descarta, entretanto, que exista a possibilidade de formar uma dobradinha com Bebeto como vice.
— Não posso falar por ele, mas me pegou de surpresa. Se a gente pretende ser prefeito, é preciso formar um quadro técnico e competente. Nenhum dos dois tem experiência administrativa. Juntos, alguma coisa não daria certo.
Através da assessoria, Bebeto negou que teria sido sondado e diz que "apóia a dupla Cabral-Paes". O presidente do PSB, Alexandre Cardoso, está em Paris a trabalho e não retornou as ligações.

Feliz na política

Romário já demonstra caminhar com tranquilidade no campo da política. E adota um tom moderado em relação a planos futuros:
- Conheço o Rio como carioca. Os problemas que temos na cidade, na saúde, educação, segurança, transporte, até os alemães e chineses conhecem. Não precisa ser carioca. Mas administrar isso não é fácil e o atual prefeito consegue. Ainda estou há muito pouco tempo, como disse, mas daqui a um ano e meio tudo pode mudar.
Ele diz que tem se acostumado mais rápido do que imaginava às atividades do Congresso:
- Nos primeiros quinze dias, pensava: “O que estou fazendo aqui?”. Agora, estou amarradão. Achei que tinha feito a escolha errada, e hoje penso que demorei para fazer essa escolha. Gosto de desafios. E hoje me sinto bem porque estou fazendo o bem ao povo. Sempre tive que dar satisfação a muita gente como jogador, mas hoje é uma responsabilidade diferente.
E termina bem ao seu estilo:
- Posso dizer do coração que tenho feito altas coisas aqui. No boletim da Câmara, o único político 100% em tudo é o Romário.

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