terça-feira, 14 de junho de 2011

Inflação chinesa registra em maio o pior índice em 34 meses

A taxa de inflação chinesa foi de 5,5% em maio, o pior dado registrado em quase três anos (34 meses), informou nesta terça-feira o Birô Nacional de Estatísticas da China (BNE).
A taxa supera em 0,1% o indicador de março e em 0,2% o de abril, mostrando que Pequim se afasta de seu objetivo de manter a inflação a níveis inferiores a 4% ao fim deste ano.
Segundo os danos oferecidos pelo BNE, os alimentos foram o principal fator causador da inflação, já que experimentaram uma alta anualizada de 11,7%, em meses difíceis para a agricultura devido à grave seca no delta do Yang Tsé (a pior em 50 anos).
Por outro lado, os outros produtos da cesta do IPC subiram apenas 2,9%, com moderadas altas em categorias como álcool e tabaco (2,6%), vestuário (1,8%), eletrodomésticos (2,5) e despesas médicos e de saúde (3,2%).
Também foi significativa a alta de preços no setor imobiliário (compra e aluguel), que alcançou 6,1% no quinto mês do ano, em um dos setores onde o governo chinês aplica medidas de contenção para evitar a explosão de uma bolha especulativa.
O BNE também detalhou que a alta de preços foi maior nas áreas rurais (6%) que nas urbanas (5,3%).
As autoridades econômicas chinesas reconheceram que a contenção dos preços é uma prioridade este ano, já que o governo chinês teme que fortes altas nos preços possam gerar instabilidade social.
Em 1989, os protestos da Praça da Paz Celestial foram antecedidos por taxas inflacionárias de até 10%.
Nos últimos meses, Pequim tomou medidas de contenção tais como a alta das taxas de juros e o aumento do depósito compulsório nas entidades financeiras, embora por enquanto não haja sinais evidentes de que estes métodos estejam conseguindo "esfriar" mercados como o imobiliário e o de alimentos.

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