sábado, 4 de junho de 2011

Ibama pede cancelamento de licença de 12 madeireiras no Pará

As madeireiras funcionavam na região onde foram executados os líderes extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espirito Santo da Silva, na terça-feira da semana passada.
Segundo informações do superintendente do Ibama no Pará, Sérgio Suzuki, as madeireiras possuíam “vasta lista de antecedentes no cometimento de infrações ambientais”. Durante as operações de fiscalização das madeireiras que foram desencadeadas após a morte dos extrativistas, o Ibama descobriu casos de empresas que foram multadas até 18 vezes em um período de 13 anos.

Foto: Divulgação
José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, assassinados no Pará
Ainda de acordo com o Ibama, também existe a intenção de acionar o Ministério Público Federal (MPF) para que essas empresas sejam punidas por outros crimes como falsificação de documentos ou inserção de dados falsos no sistema de controle de extração e transporte de madeira como o Sisflora, sistema estadual que controla a compra e venda de produtos florestais no Pará.
O assassinato dos extrativistas obrigou o Ibama a intensificar as ações de fiscalização ambiental na região de Nova Ipixuna. Em uma semana da força-tarefa, cinco madeireiras foram fechadas e aplicados R$ 952,3 mil em multas. Dezenas de fornos ilegais foram destruídos e alguns assentados do Projeto Agroextrativista Praialta-Piranheira também receberam multas por ter algum tipo de envolvimento com madeireiros na região.
Levantamento do Ibama conta que em Nova Ipixuna, existiam 13 pontos de extração ilegal de madeira, 14 áreas desmatadas e 120 fornos em atividades para a produção ilegal de carvão vegetal. A Sema ainda não se pronunciou oficialmente sobre o pedido do Ibama do PA.

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