terça-feira, 14 de junho de 2011

A cinza continua: 69 voos são cancelados nos aeroportos do País


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Cumbica (SP), Galeão (RJ) e Salgado Filho (RS) foram afetados pelo vulcão chileno que está perdendo a força
Porto Alegre. As cinzas do vulcão chileno Puyehue provocaram, ontem, o cancelamento de, pelo menos, 69 voos entre aeroportos brasileiros e da Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile, considerando partidas e chegadas que deveriam ter ocorrido até as 19h30 ou que foram canceladas previamente.

O balanço considera os aeroportos de Cumbica (Grande São Paulo), Galeão (Rio) e Salgado Filho (Porto Alegre) e as companhias Gol, TAM, Aerolíneas Argentinas, LAN, Pluna e BQB.

A maior parte dos voos tinha como destino Buenos Aires (Argentina) e Montevidéu (Uruguai), cujos aeroportos estão fechados. Também foram afetados voos para Santiago (Chile), Assunção (Paraguai), Rosário e Rivera (Argentina).

De acordo com a Infraero (estatal que administra os aeroportos brasileiros), um terço dos voos internacionais em todo o País foi cancelado até as 19h de ontem. Os cancelamentos atingiram 45 dos 147 voos programados desde a 0h, para diversos destinos.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) emitiu comunicado ontem recomendando aos passageiros com voos de e para os aeroportos da região Sul, assim como Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile, que consultem a companhia aérea antes de se dirigir ao aeroporto.

Ainda segundo a agência, as companhias aéreas devem garantir aos passageiros os direitos previstos pela resolução 141, inclusive o de reembolso, válida em todo o País, independentemente da nacionalidade da empresa.

Condições atmosféricas
A nuvem de cinzas chegou ao município de Chuí (518 Km de Porto Alegre), no extremo sul gaúcho, no início da tarde de ontem, de acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB). As cinzas, porém, devem ficar restritas à região.

Segundo a FAB, o último boletim emitido pelo Volcanic Ash Advisory Centre da Argentina, instituto responsável pelo monitoramento da situação no Cone Sul, indica que a nuvem não deve avançar sobre o espaço aéreo brasileiro, mantidas as atuais condições atmosféricas. Ainda segundo a FAB, as informações recebidas pelo Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea apontam que o vulcão perdeu força, mas continua emitindo fumaça. Na última sexta-feira, as cinzas já haviam chegado ao Rio Grande do Sul, mas deixaram totalmente o Estado no dia seguinte.

Erupção
Para especialistas, a atividade do vulcão, que entrou em erupção no dia 4 de junho, pode demorar meses para terminar.

"É difícil prever. Pelo seu histórico, isso pode demorar pelo menos um ou dois meses", afirmou o professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), Gaston Eduardo Enrich Rojas. O Puyehue, que tem 10 mil anos, entrou em erupção duas vezes no século passado. Na primeira, a atividade durou de dezembro de 1921 a fevereiro do ano seguinte. Leia mais na página 16

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